O Futuro do Marketing
- Tiago Bicudo
- 27 de ago. de 2020
- 3 min de leitura

Recentemente o Rafael Britto escreveu um artigo muito interessante sobre os Profissionais do Futuro (leia aqui) onde ele pergunta: “Quem de fato serão os profissionais do futuro?” e me ative ao profissional de marketing e a pensar sobre qual o futuro deste profissional específico?
Antes de pensarmos no futuro, precisamos conhecer um pouco mais sobre o passado do marketing. A origem não tem data precisa nos arquivos, mas não é difícil afirmar que sua história se confunde com a da humanidade e da “civilização”.
No passado o marketing ainda não tinha esse nome e era diferente afinal, as relações comerciais em nada se pareciam como as de hoje. Para isso, basta um simples exercício de história e imaginação: Pense em como era o marketing antes da prensa de Gutenberg em 1450, agora, pense como era o Marketing antes dos jornais, como era antes do rádio, como era antes da TV, como era antes da internet. E para concluir, como era o marketing antes do celular?

Difícil imaginar né? No início, era tudo na base da indicação, do boca a boca, na fachada da loja, na apresentação do produto. Com a prensa, apareceram os primeiros panfletos, então, alguém teve a brilhante ideia de colocar estes panfletos fixados em postes, nasciam os pôsteres, que além de custa menos do que uma pessoa entregando os panfletos manualmente, um poster atingia mais pessoas se fixado em um local de grande circulação (e que também deu origem aos outdoors). Após essa primeira revolução na comunicação, foram criados os anúncios de jornais, que atingiam uma massa ainda maior. O alcance então aumentou exponencialmente com a invenção do rádio, e agora o anúncio tinha som, entonação, podia transmitir mais emoção. Mas foi na televisão que ele ganhou movimento e passou a ser visto por um número ainda maior de pessoas, além de gerar um status muito grande para o anunciante. Mas ainda não era o suficiente. Eis que a internet se populariza e o alcance daquele poster pregado em um poste ganha o mundo e ganha também os celulares. Então, hoje todos que possuem um celular são atingidos por algum tipo de marketing, desde telemarketing, sms, até mídias sociais, mailings e tudo o mais que essa tecnologia permite.
Como comentei em outro artigo (leia aqui), Philip Kotler define o marketing como “processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Em minha humilde tradução para uma linguagem mais simples, o marketing é o bom uso do poder de influenciar as pessoas e é um verbo no gerúndio.
Portanto, é difícil pensar que o profissional de marketing vai deixar de existir nos próximos anos, mas com toda certeza ele será diferente do que é hoje. Isso não quer dizer que características básicas e esperadas dos profissionais da área, como fácil adaptação aos diferentes tipos de indústria, conhecimento sobre o mercado, análise do comportamento dos clientes, deixem de ser importantes. Na verdade terão ainda mais importância, porém, com técnicas e dados que ainda não saberemos como serão, pois marketing vem mudando muito através do tempo, e talvez uma das áreas que mais mudou e que mais se adaptou as mudanças do mundo, e estas mudanças estão apenas começando.
Porém há uma característica que acredito que seja a mais importante no meio dessa transformação: A CRIATIVIDADE!
Sim, pode parecer meio óbvio que esperem do marketing criatividade, mas ela será colocada a prova muito mais do que nos dias de hoje. Afinal, as máquinas farão diversas tarefas que hoje fazemos, otimizarão diversos serviços e processos, mas isso tudo nos deixará mais “livres” para nos concentrarmos nessa que é uma das características mais humanas de todas.

Se analisarmos os grandes anúncios e ações de marketing ao passar dos anos, por mais que a tecnologia inovou na entrega, no design, ou efeito especial, tudo partiu de uma ideia! E arrisco a dizer que a grande maioria foram ideias muito simples. A execução dependia da tecnologia, mas a ideia, o conceito não.
Todos os marketeiros já passaram pela sensação do tipo: “Putz, que ideia simples e genial. Por que não pensei nisso antes?”, ou seja, a criatividade, o clichê de pensar fora da caixa sempre fez e ainda fará a diferença.
Por isso um dos assuntos em alta hoje em dia seja o de estimular a criatividade, independente se a pessoa trabalha com marketing ou não.
Porém, para @ marketeir@, isso será exigido na enésima potência, o que quer dizer que temos que estudar cada vez mais. Afinal, não existem pessoas que não são criativas e sim pessoas com pouco repertório.
Ou seja, quanto mais conhecimentos diferentes você tiver, mais criativo ficará.

“A criatividade é a inteligência se divertindo.” Albert Einstein
Tiago Bicudo
Concorda? Tem uma opinião diferente? Comente aqui, será muito bem vindo.
Valeu Tiago. É por aí mesmo. A globalização, a comunicação instantânea sem fronteiras, a diversificação de ideias, a amplitude cada vez maior da mídia no universo das informações, faz com que o profissional de marketing não seja apenas criativo, mas mantenha sua criatividade em constante evolução. O profissional de marketing, para evoluir, não deve se esquecer de que sua marca também precisa de marketing e o melhor caminho é a divulgação, o zelo, o respeito, a dedicação e a profissionalização. Sucesso companheiro. Quem o conhece acredita e confia no seu trabalho