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Profissionais do futuro

  • Foto do escritor: Rafael Diniz Britto
    Rafael Diniz Britto
  • 6 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura


Quem ai não se lembra das tradicionais telefonistas? É possível imaginar que, para se fazer uma chamada, era preciso ligar para uma central e aguardar o direcionamento manual de um operador?


Para os mais experientes, a história aponta profissões interessantes como o Lanterninha de cinema (responsável pela condução dos espectadores aos seus lugares) e até o Vendedor de enciclopédia... Profissional bem vestido, com alto poder de persuasão que buscava conversão porta a porta de produtos de alto valor.

Sem querer cultivar o saudosismo, lembro também do Atendente de vídeo locadora que precisava conhecer muito bem os filmes para ajudar os mais indecisos.


Essas e outras atividades fazem parte de uma lista, cada vez mais surpreendente, de profissões que desapareceram com a evolução da tecnologia.


Um estudo da Universidade de Oxford realizado em 2018 apontou que aproximadamente 47% dos empregos tendem a desaparecer nos próximos 20 anos.

E o estudo não fala apenas de motoristas de aplicativo, operadores de Telemarketing, agentes de turismo ou corretores.


Os analistas preveem que professores, médicos e advogados também sejam impactados significativamente pelos novos robôs.


É o caso da ferramenta de diagnóstico médico Watson Health da IBM. Em resumo, trata-se de uma plataforma de computação cognitiva que analisa grandes volumes de dados clínicos com o objetivo de apontar alternativas para cada perfil de paciente. Seu uso ainda é realizado como complemento a avaliação médica, no entanto em alguns países, sua assertividade no diagnóstico ultrapassa 95%.


Dentro do mundo jurídico precisamos citar a plataforma Modria do eBay que resolve atualmente 60 milhões de disputas por ano nos Estados Unidos sem o uso de advogados ou juízes. No Brasil o Governo Federal, através do Ministério da Justiça, desenvolveu uma ferramenta semelhante com foco na resolução de conflitos online: Consumidor.gov


Essas novas plataformas surgem baseadas na alta demanda de casos, baixo custo e principalmente rapidez na resolução.


Afinal, ninguém quer ou pode ficar esperando três meses para uma consulta médica ou três anos para concluir uma disputa judicial.

Toda essa evolução também tem seu lado positivo. Novas profissões estão surgindo!

As áreas de Nanotecnologia, Robótica, Inteligência Artificial, programação de softwares entre outras serão as protagonistas dos próximos anos.


E esse movimento talvez seja o maior desafio desses novos tempos...


Mas a pergunta ainda se mantém. Quem serão os profissionais do futuro?



Em um mundo cada vez mais globalizado e desigual, pessoas sem oportunidade e sem preparo ficarão ainda mais desguarnecidas. Pais e mães de família que sobreviveram as múltiplas revoluções industriais terão um desafio ainda maior para se adequar ao novo modelo tecnológico.


O campo deixou de ser rentável e quem trabalhava lá foi para a indústria. A indústria se modernizou e as pessoas foram obrigadas a migrar para trabalhos autônomos (Comércio, Aplicativos de Transporte, entre outros).


Os trabalhos autônomos estão se modernizando.


Nossa sociedade, tão carente de educação e de investimento, estará pronta para toda essa mudança?


Entendo que a discussão não seja o perfil do profissional do futuro, mas sim se teremos um profissional no futuro. Um país com tantas desigualdades dificilmente conseguirá gerar empregos nesse "novo mundo". Corremos o risco de um impacto social sem precedentes.


Quem conseguirá dar o passo à frente em mais uma “Revolução Industrial”?


Quem de fato serão os profissionais do futuro?


Concorda? Tem uma opinião diferente?

Comente aqui, será muito bem-vindo.

 
 
 

4 ความคิดเห็น


carolcardozo
20 ก.ย. 2563

Sou do tempo que a ligação interurbana era caríssima. Falar com as minhas primas que moravam em Curitiba? Só por carta. As provas cheiravam ao álcool do mimeográfo, não existia Liquid Paper (que dirá as teclas delete e backspace) e os trabalhos escolares - feitos à mão no papel almaço - não podiam ter rasuras. Filme de trinta e seis poses da Kodak? Um luxo. Quer dizer... Ter uma máquina fotográfica era um luxo. Por essas e outras eu amo a tecnologia. Sonhei muito em poder assistir depois àquele capítulo da novela que eu perdi. Nem nas minhas viagens mais piradas imaginei uma vassoura que fosse capaz de sugar a sujeira. Hoje eu tenho uma! E acho top demais. Mas confess…

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flaviabadolato
11 ส.ค. 2563

Rafa... mais um artigo reflexivo...

O quanto estamos preparados para os novos tempos?

Temos mesmo consciência do nosso protagonismo nessa história?

Uma onda chamada Revolução Digital avança e traz velocidade, ganho de escala e um tsunami de informação...

profissionais devem se preparar, especializar e não resistir ao novo!

Entreguemo-nos! Especializamo-nos!

Cada vez menos tempo para melindres e mais mente aberta!

Parabéns!!! Traga-nos essas provocações!!!


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luizpssouza
07 ส.ค. 2563

Fala meu amigo!


Realmente. Sábias palavras. Mais do que sermos profissionais excelentes, comprometidos e entregando ótimos resultados para as empresas, o quanto estamos dispostos a sermos mais humanos em relação ao desenvolvimento do proximo?


Sobre a vida profíssional ... ela continuará evoluindo (isto pode ser para o bem e para o mal), os profissionais irão. Continuaremos melhorando dia após dia mas e nós em relação as outras pessoas?


Bom como eu trabalho com desenvolvimento de software vou deixar aqui um vídeo, relacionado a minha área:


Sobre IA.

https://www.youtube.com/watch?v=pbVwH8o837A

https://www.youtube.com/watch?v=Cr89Oz0TWQM


Vídeo que encontrei ha alguns anos e hoje que estou vivendo no interior faz mais sentido ainda:

Futuro do Trabalho - o que não muda? | Maira Habimorad

https://www.youtube.com/watch?v=Dy9O3oOVnho


Grande abraço…

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lucio.marimila
06 ส.ค. 2563

Boa tarde Britto, O momento em que atravessamos, acelerou mais ainda esta "modernização" do profissional ... quem não sabe fazer live, não conhece como engajar nas redes sociais e não entende como se tornar protagonistas e referencia naquilo que faz de melhor, está fora do mercado agora... Não basta ser Engenheiro, Economista, Contador ... tem que ser especialista, referencia naquilo que faz e o mais importante "ser conhecido" nas redes sociais ... Os empresários, empreendedores e investidores se encontram lá... quer ficar de fora? estará excluído em muito pouco tempo!!! não basta ser o profissional do futuro, todos precisam saber quem você é! Grande Abraço Lucio - Ajudo empresas a reduzir seus gastos com Energia https://grupostudio.com.br/servicos/energy/1140/


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